domingo, dezembro 30, 2007

Bom Ano




para todos. E que para além de saúde este ano nos possa trazer um pouco de paz que parece faltar a este mundo com um deficit de valores. Depois disso tudo o que vier por acréscimo será sempre bem vindo ;)

Cá nos encontraremos em 2008.


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quarta-feira, dezembro 26, 2007

Sem título


Não, não se esgotaram nos silêncios
os gritos das palavras

como às ondas o mar oscila-as.


HFM - Lisboa, 12 de Dezembro de 2007



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quinta-feira, dezembro 20, 2007

Natal



as mãos envolvem a ternura
num raio de sol

renasce o presépio


HFM-Dezº 07



Um bom Natal para os amigos, para os residentes quase diários e para todos aqueles que por aqui passem.

Deixo-vos com um dos mais belos poemas de Natal.



Natal, e não Dezembro

Entremos, apressados, friorentos,
numa gruta, no bojo de um navio,
num presépio, num prédio, num presídio
no prédio que amanhã for demolido...
Entremos, inseguros, mas entremos.
Entremos e depressa, em qualquer sítio,
porque esta noite chama-se Dezembro,
porque sofremos, porque temos frio.

Entremos, dois a dois: somos duzentos,
duzentos mil, doze milhões de nada.
Procuremos o rastro de uma casa,
a cave, a gruta, o sulco de uma nave...
Entremos, despojados, mas entremos.
De mãos dadas talvez o fogo nasça,
talvez seja Natal e não Dezembro,
talvez universal a consoada.

David Mourão-Ferreira






Nota: Aproveito ainda para agradecer a todos que ao longo deste ano fizeram deste blog um local de convívio e de troca de afectos. Muito obrigada.


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quarta-feira, dezembro 19, 2007

Citando # 184











O verdadeiro lugar de nascimento é aquele em que se lançou pela primeira vez um olhar inteligente sobre si próprio: as minhas primeiras pátrias foram os livros.

Marguerite Yourcenar



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terça-feira, dezembro 18, 2007

Sem título


O Cabo brilhando
numa luz de gelo
refracções de mar
sempre outro
sempre imprevisível
desdobrando-se em máscaras.


HFM - Ericeira, 16 de Novembro de 2007



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segunda-feira, dezembro 17, 2007


O porquê das pedras brancas sempre questionou a minha vivência.

O reino das pedras é o ar livre; ao frio, à chuva, às intempéries. Assim, as pedras brancas dever-se-iam povoar de líquenes, do verde das ervas, de musgo ou de um tom sépia acinzentando de velhice. Nunca brancas.

Talvez, por isto, sempre foi nelas que encontrei a força para resistir à adversidade.

O porquê das pedras brancas foi sempre o meu zen existencial.


HFM - Lisboa, 14 de Dezembro de 2007



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sábado, dezembro 15, 2007

Homenagem a Oscar Niemeyer - 15 de Dezembro de 1907


no seu 100º aniversário! A versatilidade de um perseverante criador.



"Sempre pensei em fazer escultura, mas sem nenhuma preferência ou caminho a seguir. Para mim, em matéria de arte – e mesmo de arquitetura –, não importa haver estilos diferentes, nem obra antiga ou moderna. O que existe é apenas arte boa ou ruim.

Gosto dos velhos mestres, mas também dos trabalhos de Moore, da pureza de Brancusi, das belas mulheres de Despiau e Maillol, das esculturas gregas e egípcias, da Vitória de Samotrácia, toda feita de beleza e movimento. Até as esguias figuras de Giacometti, que, confesso, não me atraíam, passei a admirar, quando vi uma delas, sozinha, monumental, num grande salão de Bruxelas."









Museu Oscar Niemeyer





projecto da sua residência





a residência




Desenhos







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sexta-feira, dezembro 14, 2007

Citando # 183


Pergunto-me o que possuo verdadeiramente. Pergunto-me o que subsistirá de mim depois da morte. A nossa vida é breve como um incêndio. Chamas que o transeunte esquece, cinzas que o vento dispersa: um homem viveu.

Omar Khayyam



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quarta-feira, dezembro 12, 2007

Segredo


Não te revelarei das horas
o segredo
escondi-o no vão do momento
onde em espanto
os raios de sol te guiarão
no acumular dos dias
por entre um golpe de loucura
apetecido


como numa visão de iniciado.


HFM - Lisboa, 11 de Novembro de 2007



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segunda-feira, dezembro 10, 2007


um aluvião depositado
a mão sobre o olhar.


HFM - Ericeira, 18 de Novembro de 2007



FINALMENTE! o raio do "bicho" faz mesmo falta e este é tão bonito! estou em encatamento!

Brincadeiras à parte, senti mesmo a falta destas visitas que nos ligam. A todos que aqui vieram e que esperaram - muito obrigada. A pouco e pouco vou retomar o convívio.


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segunda-feira, dezembro 03, 2007


planando acima do estar. numa altura que desconheço. como numa fuga. sem regressos. outros espaços. perdidos ou reencontrados. no local incerto de descobertas possíveis. lá.




nesse lugar sem fronteiras. onde o acaso me levou. onde o espanto é seguro. desconhecida me desconheço. procuro-me e procuro o lugar. sem regresso. onde nas asas do ocaso sentirei o infinito. promessa. ou a certeza do instante. do insondável. devagar. planando acima das ondas. distanciando-me das certezas. afastando-me do linear. ali.




local onde me sento. e sinto. planura de planos petrificados. outros. onde serei a outra. a que sempre esteve. a que conheço melhor do que me conheço a mim. a que, liberta, plana. sem regressos. sem hesitações. no ritmo plural do infinito.


HFM - lx, 30 de Novembro de 2007



Nota: O meu computador vai hoje passear, ter com o seu futuro irmão para que tudo seja copiado. Não sei quanto tempo ficarei sem computador :( mas irei encher-me de paciência! Se passar em algum lado com net ou em casa de alguém que a tenha darei aqui uma espreitadela. Até breve, assim espero!...

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domingo, dezembro 02, 2007

Sem título


quando voam as palavras
desenharei da insónia o rosto?


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