quinta-feira, fevereiro 28, 2008

Os esquilos, meus amigos


já tinha saudades de os ver. Fotografias tiradas em diferentes parques.















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Sem título


O passado tenta entontecer-me
num espelho despido
reflecte as diferenças
as minhas
as da cidade
as do tempo

sorrio-lhe enternecida
sossegada
cerram-se as estações
mas nesta encontrei
os sedimentos da vida
que construí

uma linha a que vou esbatendo os contornos.



Nota: normalmente em viagem poucos poemas escrevo e tento, mais tarde, não os corrigir; ficam como um esboço, um traço impressionista que guarde o momento, o sentimento, o olhar e tudo o que levou a que aquelas palavras se sucedessem. Geralmente são muito fracos mas são, como os meus esboços, as minhas melhores fotografias.

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quarta-feira, fevereiro 27, 2008

De regresso


Chegada ontem à noite ainda com as malas por desfazer vim aqui apenas dar um pulinho e dizer que tentarei ser breve a dar notícias.

Por enquanto ainda respiro os verdes dos parques londrinos, as cores das telas que se me colaram à alma, a beleza das formas dos guerreiros chineses de terra-cota que vi no British Museum e os cheiros de uma cidade que vive e deixa viver.

Ainda por cima tive a sorte de em 16 dias nunca apanhar chuva!!!!!!!!!!!!! Aliás, tendo vivido em Londres, o meu comentário era de que não estava em Londres mas sim numa fotocópia dela ;) apenas no domingo ao fim da tarde quando saia do British Museum apanhei uns pingos de chuva mas que não necessitaram de chapéu de chuva!!! Um luxo! e sol, não todos os dias, obviamente!

À net não vim porque precisava dum tempo de distanciamento e, sobretudo, de mergulhar nessa cidade onde estudei e de que guardo tantas e tão profundas recordações e onde já havia tanto para ver que desconhecia completamente.

A todos que tiveram a paciência de aqui vir um muito obrigada e cá estou para reatar estas partilhas.


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sábado, fevereiro 09, 2008

Vou aqui




e já venho, isto é, levo uns grandes (sempre pequenos) diazinhos!

Se passar por algum sítio com net, ou melhor, se arranjar um pouco de tempo virei aqui dar notícias.

See you soon on this blog. Just wait.


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sexta-feira, fevereiro 08, 2008

Escrevendo com o coração


depois de ter visto a entrevista de Judite de Sousa a Charles Aznavour.

Dos muitos vídeos que se encontram na net escolhi o que se segue por ele ter escolhido, de todo o seu reportório, a canção - Sa Jeunesse.






Um homem que, aparentemente, envelheceu bem e que me trouxe saudades do tempo em que comprava todos os seus discos, alguns trazia-os de França, do tempo em que o vi no Monumental, do tempo em que sabia de cor, de trás para a frente, todas as suas canções - verdade seja que ainda hoje as sei já que a memória é boa.

Durante a entrevista, à pergunta de como gostaria de ficar lembrado quando morresse, a sua resposta foi de que lhe bastava que as pessoas fossem capazes de indicar duas das suas canções, indicar apenas; não só indicava muitas mais como ainda as conseguiria dizer - cantar, não, que seria assassiná-las ;)

Infelizmente não irei ver o seu espectáculo mas a causa também é boa e ambas se prendem com o meu passado.


Nota: em vinil tenho uma enorme discografia dele - repetida em cd's. Há maluqueiras para tudo e esta não faz mal a ninguém, poderá ter feito mal à minha bolsa, mas isso é outra história!

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quinta-feira, fevereiro 07, 2008

Anoitecidos


Quando a mão se solta os dedos autonomizam-se na destreza do olhar. Pouco importa o que descrevem, seguem a linha e o ritmo e afagam no papel o traço. Espontâneos são as verdadeiras lentes do olhar apesar de tantas vezes embaciadas.

HFM - 07, de Fevereiro 2008



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quarta-feira, fevereiro 06, 2008


*



Em ciclos fechados

quando clareiam as dúvidas
outras surgem


nimbos pontuando incertezas.


Lisboa, 5 de Fevereiro de 2008



*encontrado em - http://www.flickr.com/photos/deesece/sets/72157603245963170/detail/

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segunda-feira, fevereiro 04, 2008

Dos outros



Do meu amigo Lau Siqueira recebi o seu livro Texto Sentido.




Dele escolhi, entre tantos outros possíveis, o seguinte:


ponto sombra


porque
tenho fé e cumpro
a sina de andar pelos dias

caminho entre milhas
de distância e lugar nenhum

costumo limpar os sapatos
e a garganta antes de cada passo
ou grito

escrevo

ainda que
em algum momento apenas
anote a placa do verso que
por mim passou voando.


Lau Siqueira pode ser encontrado aqui.


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sexta-feira, fevereiro 01, 2008

Dois momentos


Um silvo cruzou a noite. Não era prece. Não era chamamento.
Talvez, no alto, as Parcas, se tivessem desentendido.

HFM - 28.01.08

*** * ***


Ouviste o murmúrio do vento? Canto das Tágides, promessa de infinito.

HFM - 31. 01.08


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