segunda-feira, julho 30, 2007

Sem título


não te aproximes do centro
é em redor o caminho

sem fronteiras nem limites.


HFM - Maio 07



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domingo, julho 29, 2007

Recordando lugares





L'Ospedale del Ceppo em Pistóia com o friso de della Robbia. Motivos alegóricos ao acolhimento num hospital. Verdadeiramente magnígico e com umas cores espantosamente brilhantes.

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sexta-feira, julho 27, 2007

Sem título


um só traço
divide o horizonte
do infinito

equilibro-me no imaginário.


HFM - Ericeira, 19 de Julho de 2007



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quarta-feira, julho 25, 2007

Sem título


Quando corro atrás da infância
a poalha cai sobre o mar
e em silêncio indica-me

o futuro.


HFM - Ericeira, 25 de Julho de 2007



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terça-feira, julho 24, 2007

Diurnos


A poalha de calor ensandece os rostos e estupidifica os corpos. Na tarde os gritos e as vozes, em altos e baixos profundos, desfazem o marulhar do mar e são de agonia os hiatos de silêncio. Só a brisa oferece o perdão mas não chega para pacificar. Na vastidão da tarde a vida desprende-se lenta, lentamente.

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segunda-feira, julho 23, 2007

Mais uma vez apanhada


agora pela JRL da 8ª edição. Algures na blogosfera e neste blog já escolhi os cinco livros que mais me marcaram ao longo da minha vida; contudo, não me apetecendo ir procurar esse post e, correndo o risco de fazer qualquer alteração, torno a escolher:


Le Petit Prince - St. Exupéry

Os Thibault - Roger Martin du Gard

A poesia de Fernando Pessoa e de todos os seus eus

O Estrangeiro de Camus

O Quarteto de Alexandria de Durrel


Mais uma vez deixo a quem passar a possibilidade de continuar esta cadeia.

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domingo, julho 22, 2007

No recomeço


Universal me quero
poalha de outras galáxias
onde me desperto.


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sexta-feira, julho 20, 2007

Sem título


apalpa a palavra perene
a primeira
perfeita permanecerá
parca.


HFM - Ericeira, 19 de Julho de 2007



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quinta-feira, julho 19, 2007




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terça-feira, julho 17, 2007

Sem título


não te disse das horas
era outro o tempo
tocavam para nós os carrilhões

só um pássaro os acompanhava.


HFM - Julho 07



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segunda-feira, julho 16, 2007

Sem título


não é oco o ruído das palavras
premeia silêncios

infinito em fuga


HFM - Lisboa, 14 de Julho de 2007



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domingo, julho 15, 2007

Continuando...




Finalmente e pedindo as devidas desculpas, dou resposta ao desafio dos meus amigos do Absorto e do Bons Tempos Hein! deixando aqui a indicação dos últimos cinco livros lidos e que, de formas muito diferentes, me tocaram.

O Silêncio e as Sombras de Gonzalo Torrente Ballester - uma saga, em três volumes, da Galiza do início do sec. XX. Uma impressionante caracterização de personagens.

O Fulgor da Luz conversas com Maria Helena Vieira da Silva e Arpad Szenes de Anne Phillipe - uma súmula das entrevistas e conversas realizadas ao longo de várias semanas.

A Memória dos Outros de Marcello Duarte Mathias - uma vasta e profunda recolha de textos sobre autores, a título de exemplo - Camus, Pedro Nava, Almada, Romain Garry e tantos outros; pintores - Klimt, Delvaux, Van Dongen, Matisse, Pollock e Rothko - textos sobre diarística, xadrez, análises, críticas e três textos autobiográficos.

Ariel de Sylvia Plath - poemas intrigantes onde sobressai uma acutilante forma de desespero.

Poemas As Elegeias de Duíno Sonetos a Orpheu de Rainer Maria Rilke que ainda anda pela minha mesinha de cabeceira, como acontece frequentemente, pois é dos que nunca se esgotam.

Quanto à corrente passo-a a quem a quiser apanhar, tal como os livros que ali esperam por nós.

Ao Eduardo e ao João o meu muito obrigada.


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sábado, julho 14, 2007

entreteclas


não são as mãos que as dedilham
antes as palavras
irrepetíveis, fortes
de uma interioridade sofrida

semi breves em fuga preenchidas.


HFM - Lisboa, 12 de Julho de 2007



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sexta-feira, julho 13, 2007

50 ANOS DE ARTE PORTUGUESA




uma exposição a não perder na Fundação Calouste Gulbenkian.

Esta exposição, onde os passos não se perdem, tem duas vertentes - as obras e os projectos que em múltiplas formas nos são apresentados. Estão ali representados um grande número de bolseiros da Gulbenkian mais ou menos conhecidos; dos que conheço, esta apresentação espelha bem parte do percurso menos conhecido da sua obra; dos outros foi um prazer percorrer o suporte especialmente o manuscrito onde as suas esperanças, conceitos e projectos são o espelho de uma época e das influências com que construimos o nosso palimpsesto.

Voltarei, seguramente, para melhor me deter na caligrafia, mais ou menos aprimorada, que suporta uma grande quantidade dos relatórios que obrigatoriamente os bolseiros tinham de enviar à Fundação. Há ali preciosas informações onde não falta o humor, o rigor (o pormenor das exposições visitadas, entre outros) e alguns lamentos que definem as suas dificuldades materiais. Refiro a caligrafia pois ela sobressai. Está ali a descoberto o tempo em que se enviavam relatórios, cartas e outros trabalhos manuscritos, talvez na linha de separação desse outro tempo de formatação colectiva (apesar de todas as suas vantagens) dos trabalhos passados à máquina de escrever e posteriormente digitados no rigor dos malabarismos do imprescindível computador.

No piso inferior destaco uma carta de Vieira da Silva sobre a sua nova descoberta nos "novos" portugueses que andavam por Paris - o "rapaz", como ele lhe chama - Costa Pinheiro.

O dia estava quente e o sol da manhã filtrava todos os verdes do jardim emprestando tom e uma serenidade aconchegante ao ambiente.

Patente até 9 de Setembro.


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quinta-feira, julho 12, 2007

Na sombra do olhar


Rola pelas escadas a ausência
e a porta aberta é
outro labirinto em formação
recuam as horas
e a inocência serve
de parapeito à vida
quando nas tardes de modorra
só o azul é celeste.

Compromissos estranhos
na tarde ausente e envelhecida.


HFM - Lisboa, 20 de Junho de 2007



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quarta-feira, julho 11, 2007

Citando # 174


Para nós, homens, a vida como que é um suicídio; a prova é tornarmo-la às vezes supérflua.

Kavafis - Julho de 1911



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terça-feira, julho 10, 2007

Anoitecidos


Segue o vento mas não te encantes, as sereias estão mudas e a noite afoga-se num silêncio de maresia e ninguém sabe o que a alba nos trará.

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segunda-feira, julho 09, 2007

Por atalhos sem caminhos


aqui, algures
noutro lugar também
e onde não estiver
serei
peregrina do retorno
caminhante sem estrada
aconchego no mar
o princípio
onde regressarei
um dia
no ocaso da procura


silente
o horizonte me esbaterá.


HFM - Ericeira, 8 de Julho de 2007



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sexta-feira, julho 06, 2007

Um poema com quase um ano


Procura através do número de ouro
a proporção perfeita
a fusão dos contrários
a sabedoria
a verdade
se a encontrares

desconfia.


HFM - 20 de Julho 2006



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quinta-feira, julho 05, 2007

No mar do olhar


as madeiras estáticas apontam o caminho
sequencial
se não de Fibonacci duma outra lógica
a lógica que o mar não quer
porque a liberdade não se compadece
com normas e as ondas
são o espelho do paradigma
isentas como o grão de areia
em nenhures
solto
livre
só.


HFM - Praia de S. Lourenço, 04.07.07



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quarta-feira, julho 04, 2007

Sem título


são horas de deserto
as que na minha boca se secam

premeiam-se silêncios.


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segunda-feira, julho 02, 2007




Para onde escorrem as horas assim rápidas, assim furtivas? Nem o pássaro as saboreia, nem o vento as recolhe e os humanos só tarde lhe reconhecem o esfumado na lenta agonia da sua ausência.

Quando do tempo só me restar a lembrança de uma obsessão antiga talvez vislumbre a sabedoria.


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domingo, julho 01, 2007

Viagens na minha terra





Do largo onde fica a Escola Superior de Belas Artes


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