sábado, setembro 29, 2007

Citando # 180


"One of the penalties for refusing to participate in politics is that you end up being governed by your inferiors."

Platão



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quinta-feira, setembro 27, 2007

Sem título


levei os olhos à praia
lavei-os de maresia
libertei-me de espumas.


Nota: quando aqui na Ericeira o mar ao fim da tarde é para ser visto do paredão - maré cheia, marés vivas.

HFM - Ericeira, 26 de Setembro 2007



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quarta-feira, setembro 26, 2007

Anoitecidos


Na noite o mar avança com a força que lhe trouxe o equinócio. São vagas que da lua trazem os queixumes e do vento a força altaneira e a soberba das certezas. O casario arruma-se em silêncio e as paredes brancas não lavam a noite.

Só de vez em quando de uma lura sai um coelho.


HFM - 26 Setº 2007



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terça-feira, setembro 25, 2007

Sem título


quando a areia
se encerra na ampulheta
ilude-se o Homem.


HFM - 20 de Setembro de 2007



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segunda-feira, setembro 24, 2007

Marcel Marceau 1923/2007




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domingo, setembro 23, 2007

Notícias de Cabotagens


De novo andei a actualizar os meus links. Sei que é uma tarefa díficil pois alguns desaparecem muito depressa, outros estão no "limbo" e eu vou-me esquecendo de acrescentar os novos que descobri.

Aí vai mais uma "fornada" dos que tenho por indispensáveis.


Ortografia do olhar

Letras de Babel

Pequenos Nadas

Ad astra

8ª Edição

Serpentine

Citizen Mary

mar arável

O Sítio do Poema


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sábado, setembro 22, 2007

Citando # 179


O que é um amigo? Uma alma apenas, dividida entre dois corpos.

Aristóteles



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quinta-feira, setembro 20, 2007

Propositadamente sem título


não sei das sombras
das verdadeiras
conheço aquelas onde respiro
ou as outras por onde meço o sol
mas das sombras
das reais
não lhe conheço o contexto
é temente que as percorro
quando o azul as domina
e no insólito do instante me trazem
a projecção de um sonho ou de um assobio
vivo-as temerosa e incrédula
como, quando criança,
os pirilampos enchiam de fantasia e medos
as noites de maresia

não sei das sombras
quando para além de mim
o ruído instala as dúvidas
na frágil teia do dia-a-dia.


HFM - Ericeira, 15 de Setembro de 2007



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quarta-feira, setembro 19, 2007

Citando # 178


Morrer define-se nestes termos concisos: vi e tudo o que vi foi para nada. Escrever é tentar preencher este "para nada", retardar a sua evidência.

Eduardo Prado Coelho



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segunda-feira, setembro 17, 2007

Recriando um momento




Como numa aflição
lançava os braços para o mar
em retorcidos arabescos

numa silenciosa prece

sentia-se naqueles ramos as dores
pinheiro de penhasco
farol guardião de tanto mar.


Ericeira, 15 de Setembro de 2007



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domingo, setembro 16, 2007

Sem título


esgotou-se o instante
passado
só na esquina
se ouve o silêncio
e o mar a marulhar.


HFM - Ericeira, 15 de Setembro de 2007



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sexta-feira, setembro 14, 2007

Diurnos


O mar e os toros de uma lareira prendem-me o olhar como um hiato de vida, uma respiração solta, o momento irrepetível congregando todos os segundos.

Ali me ausento. Ali me reúno. Ali conheço a magia do instante completo.

O marulhar da onda reciclando a areia traz-me promessas de fogo confinado a uma lareira que me prende em cada crepitação.

Ausências de água e fogo onde me complemento.

E o mar continua cadenciado a sua litania de um quase equinócio.


HFM - 13 de Setembro de 2007



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quarta-feira, setembro 12, 2007

Intuição


e que nesse dia as palavras
se soltem
voláteis
indomáveis
transparentes
sobretudo poucas
e depuradas
como os que me acompanharão
fiéis
na serenidade da lágrima
revoltada
ainda assombrada
pela saudade
adiada


HFM - Ericeira, 11 de Setembro de 2007



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segunda-feira, setembro 10, 2007

Viagens na minha terra








Só hoje venho dar notícia desta exposição que já vi na semana passada; a ausência de scanner a isso me obrigou.

Penso que vale o passeio pelas belas paisagens da Serra de Sintra, de Colares, das suas imediações e da exposição em si.

A exposição está patente numa antiga adega e bem enquadrada com o local e com módulos diferenciados mostrando as várias potencialidades deste artista multifacetado.

De tudo o que mais gostei foi dos seus diários gráficos, aliás já na linha da grande exposição que, aqui há uns anos, dele foi feita no Palácio da Ajuda.

Um bom motivo para um passeio que solta o olhar e aquece a alma.


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domingo, setembro 09, 2007


O silêncio da neblina ausentando o mar.

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sexta-feira, setembro 07, 2007

Sonho?


Quase não te ouvia
no marasmo e altura das vozes
mas sereno
qual rio
o teu discurso serenava
nas minhas fontes
o eco
dos tempos intransitáveis.


HFM - Lisboa, 1 de Setembro de 2007



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quinta-feira, setembro 06, 2007

Citando # 177


It is almost axiomatic that as soon as a place gets a reputation for being paradise it goes to hell.

Theroux, Paul, The happy isles of Oceania. Paddling the Pacific. New York (G.P. Putnam's Son), 1992, 370



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terça-feira, setembro 04, 2007

Abrindo arcas


Sentei-me no chão. Pressentia que ia ser longa a manhã. Não por a dimensão do sótão; tinha-o restringido àquela grande arca de cabedal. Fechara o coração ao piscar de olhos de todas as outras tralhas. O meu mundo, hoje, ficaria encarcerado naquela velha arca que nem sabia a quem pertencera. Estava gasta ,o tempo encarregara-se de a envelhecer assim como os trambolhões da vida, as múltiplas mudanças e até os imensos rabos que em cima dela se tinham sentado. Aí, a minha quota-parte fora grande sobretudo quando ela se encontrava, em casa da minha avó, no canto da janela que dava para a serra que o rio, ao fundo, regava. Era aí o meu poiso habitual. Já nesse tempo gostava de, por momentos, estar só e olhar a serra, o rio, os verdes e toda a gama cromática que despertava ansiedades e comoções na criança citadina que eu era. Mundos desconhecidos. Impenetráveis. Por onde a fantasia escorria em golfadas descontroladas. Até que as mãos da minha avó se poisassem sobre o meu ombro na pacificação de todos os medos.

Onde eu já vou! Leonor, volta à realidade! Não estás aqui para um percurso pela memória. Para correres atrás do passado. É a vida que te chama. Hoje a avó és tu e é pela tua neta que aqui estás. Areja esse sótão da tua cabecinha e cai na real. Abre a arca e procura a surpresa para a outra Leonor. A tua Leonor, a da outra geração, já que não tiveste coragem de dar esse nome à tua filha. Ainda te lembras como as lágrimas te saltaram quando ela te disse que ia ser uma menina e que ambos já tinham escolhido o nome – Leonor. Pára, mulher, pára!

Vou parar, mesmo! Primeiro há que conseguir abrir o ferrolho esquerdo. Aquela peça que desencaixa do ferrolho está presa, deve estar ferrugenta. Bolas, tenho que lá ir abaixo buscar o WD-40; eu bem disse ao Manel que iria precisar da sua ajuda. Mas isso, sim!... Gosta muito da neta mas gosta mais que as coisas apareçam feitas. Raios partam os homens e mais a sua falta de oportunidade! Mais um pequeno esforço... talvez aquele ferro antigo de lareira me ajude. E ajudou mesmo. Abri a caixa que não a de Pandora. Esta é a dos Limas, esse nome que eu já não tenho pois a arca é herança de minha mãe mas pelo lado das mulheres e, neste país, até no nome os homens têm primazia. Até eu caí na esparrela e sou filha dos anos 60! Não comeces outra vez, Leonor! Tira o tabuleiro superior da arca. As rendas que aí estão não são para hoje. O que tu queres são os fatos de chita que aí devem estar acumulados ou, talvez, com sorte, ainda haja algum corte desses com que a tua avó forrava as gavetas das muitas cómodas que havia na casa em que as listas da chita tinham que bater certinho quando se encontravam. Foi dela que guardei este jeito mecânico de querer tudo perfeito! Quero, sobretudo, é uma chita antiga, não das que agora se arranjam e mesmo assim muito dificilmente. Teve graça terem concordado comigo no tentar reavivar essa tradição – um baile de chita! Havia-os por todo o lado no teu tempo. Depois, eu e as minhas amigas, resolvemos, um dia, reanimá-los quando as nossas filhas andavam aí pelos seus 16 anos. Animou-se a praia e foi impressionante o brilho com que a nossa geração se reviu na beleza daqueles jovens. As raparigas queimadas pelo sol da praia, belas na sua juventude e graciosidade (estás um bocadinho para o piroso, Leonor!) e os rapazes, aprumados nos seus blazers com a gravata de chita e o lenço no bolso. Até os papás estavam babados! O Manel confessou-me que, olhando o filho, tinha sentido pena de no seu tempo se ter recusado a colocar o lenço e a gravata de chita. Sorri, estava tão habituada a essas do Manel que só o facto de ele se estar a rever no Tiago ia amansando as fúrias havidas. O chão já estava repleto de tanta coisa e a arca ainda só ia a meio. Mas ali por baixo já via as cores garridas do que deveria ser chita. Apressei-me. Começaram a sair os fatos – compridos, curtos, decotados, com a cintura subida, com folhos, com saias sobrepostas, linha Império, direitos com buracos ovais nas costas e tantos, tantos outros. Estavam ali, pelo menos, fatos de quatro gerações. E como tinha pensado, lá estavam cinco cortes de chita; contudo, apenas um se aproveitava, já que os outros eram faixas que tinham sobrado do forro das gavetas. Espera aí, Leonor, e se com esses bocados e com outros que tirarias aos fatos mais desengraçados, fizesses um fato, tipo patchwork, para a Leonor? - Bóra nessa, avó, ouvias já a tua neta a desafiar-te. Olhava os fatos e não sabia se tinha o direito de cortar alguns deles; mas o que faziam ali tantos fatos que nunca ninguém iria recuperar? Quantas vezes ouvira a Marta dizer-me – ó mãe, porque não se desfaz dessa tralha toda? Tinha, ainda, a esperança de que, um dia, alguém desse tanto valor a essa arca como eu ainda hoje dava. - Bóra nessa, avó. A voz excitada de Leonor brincava com os teus ouvidos. Bóra nessa... Depois de minucioso estudo escolhi três fatos de que não gostava e que em nada marcavam uma época. Teriam a sua história mas se ela já me passava ao lado, a quem interessariam? Obviamente que nunca escolheria aquele fato horrível de folhos sobrepostos e de uma chita demasiado escura; não o escolheria porque sabia ter sido o fato que a minha avó usara quando conhecera o meu avô. Era uma contadora de histórias a minha avó, preenchera-me as noites e as tardes de Julho quando o calor apertava e era preciso ficar em casa. E aquele fatinho sem graça até tem uma das chitas mais bonitas! Com estes e com as outras faixas vou conseguir que a Idalina me faça o fato para a Leonor. Dobrei-os cuidadosamente e coloquei-os no plástico que tinha trazido. Havia agora que arrumar a arca. E se for preciso vir buscar mais chita? Não, não vou arrumar nada antes de levar as chitas à Idalina. Vou deixar isto tudo ao ar que até faz bem e trago lá de baixo naftalina para colocar na arca; já agora tiro tudo para apanhar ar. De cócoras, fui retirando da arca o muito que nela havia e colocando-o em várias cadeiras velhas a que limpei o pó. Lá estava a minha obsessaozinha! A certa altura quase que as pernas cederam; nas minhas mãos estava o macaco/jardineiras verde seco que comprara em Londres quando estava à espera da Marta. Quando o Manel me viu assim disse-me – tu bem querias contratar um jardineiro e largámo-nos os dois a rir! Nem sabia como havia de chamar àquilo, não eram jardineiras, também não era um macaco, era uma espécie de calções compridos e largos com peitilho que terminava em duas pontas a que tinha de dar um nó. Pouco práticos pois para fazer o nó tinha de levar muito tempo e, como estava grávida, ia frequentemente à casa de banho... uma trabalheira! Afaguei os calções como se ao afagá-los as minhas mãos se passeassem na minha barriga nesse gesto tão comum às grávidas. - Anda cá, sr. jardineiro, chamava-me o Manel, deixa ver se o rapagão já está a jogar futebol. Nesse tempo o sexo só era conhecido quando o bébé nascia e o Manel tinha investido num rapaz embora, verdade seja, sempre me tivesse dito que a única coisa que lhe importava era que fosse perfeito e tivesse saúde; uma menina seria sempre bem vinda! E fora uma menina. Marta para começar por M já o que o Manel detestava o nome de Manuela. E fora bem vinda a menina, ainda hoje o ai-Jesus do papá. Irra, mas será que a minha cabeça não pode pensar noutras coisas? Ponto final. Vou também levar comigo os calções. Como estou mais gordinha pode ser que ainda me sirvam e então serão mesmo bons para a jardinagem. Finalmente servirão o objectivo que o Manel lhes destinou.

- Ó avó, são lindas estas chitas! Era cantante a voz de Leonor enquanto nelas remexia.- Eu até podia ficar com este fato e a Idalina punha-mo ao meu corpo. Claro que tinha escolhido aquele que tinha uma chita lindíssima de cores garridas onde sobressaía o azul, o vermelho e o magenta. - Nada disso, Leonor. Vamos fazer um fato como não haverá outro no baile, um bocadinho piroso mas há que ter imaginação! Disse-lho enquanto fazia um esquisso num papel para demonstrar o que tinha pensado fazer e ia colocando números em cada quadrado ou faixa para indicar a chita a que correspondia. - Ó mãe, olhe que isto não é nenhum tapete de Arraiolos! Ri-me mas sabia que Marta estava encantada. - Ó avó e o que é isto aqui, tão giro? disse Leonor enquanto agarrava no meu macaco/jardineiras. Contaste a história e a Leonor, com aquela ironia, mescla de humor e de observação, disparou imediatamente – ó mãe, estás-te a ver ali dentro? - Bom, meninas, vamos mas é todas à Idalina que a mulher tem aqui muito trabalho para fazer e a festa é já no próximo sábado.

Quando regressámos, o calor amansara um pouco e o sol já não batia no jardim, a hora ideal para a rega. Sorrindo vesti o macaco/jardineiras que afinal ainda me servia. Bolas, tenho mesmo de fazer dieta! pensei-o com ironia pois sabia que tudo iria continuar na mesma! Quando desci, fui aclamada por mãe e filha. - Ó avó tem de me dar esses calções. - Nem penses nisso, agora que os recuperei vou mas é usá-los, são bem confortáveis e dentro deles posso mexer-me à vontade pois já não tenho a tua mãe aos pontapés; como dizia o teu avô, julgando que seria um rapaz, ele já joga futebol! Riram-se as três. - Anda, Leonor, vem-me ajudar a regar o jardim. - Que frete, avó! - Bóra nessa, rapariga! Mãe e filha olharam para o lado na minha direcção e largaram-se a rir.

- Ó avó, o avô deve estar a chegar, oiço um carro a subir. Era realmente o Manel que, depois de arrumar o carro mesmo à beirinha do portão, pronto para sair no último minuto da próxima manhã (ainda hoje era um grande dorminhoco), veio ter connosco. Beijou-me e depois, virando-se, disse – como está a minha Princesa? - Ó avô, por favor, já não sou nenhuma criança! - Pois não, mas continuarás sempre a ser a minha Princesa! e riu-se e Leonor esboçou um sorriso atípico perfeitamente revelador do que pensava. - Sabes avô, a avó vai-me fazer um fato lindo de chita que desencantou lá no sótão para o baile das chitas, vai ter muitos bocados de chita diferentes, cruzados e com um design muito giro que a avó criou. Já fomos à Idalina e amanhã vamos lá para ver se é aquilo que a avó quer e... - Ai, rapariga, que grafonola tu me saíste. Espera aí um bocadinho. Vai haver um baile de chitas? - Pobre cabeça a tua, Manel, então não te disse que vamos fazer ressurgir novamente essa tradição? - Se calhar disseste-me mas eu já conheço a tua mania de andares sempre a esgravatar no passado e não pensei que fosses com essa para a frente. – Pois pensaste mal, olha que mal divulguei a ideia, tive logo imensa aceitação na geração da tua filha que também, pelos vistos, gosta de recordar e, então na da tua neta, é melhor nem pensar!. Estão excitadíssimas! - Deixa lá que então o bota de elástico sou eu!... - Ó avô deixe lá isso e olhe para a avó, não gosta do fato novo dela? - Qual fato novo? – Então, esses calções que ela tem vestidos! - Mas aquilo é algum fato? - Já não te lembras dele? perguntaste num fiozinho de voz. - Eu, não, porquê, devia lembrar-me? Voltei-me e continuei a regar o jardim tentando não sentir essa lágrima que não poderia deixar sair. Estava habituada ao desapego do Manel mas aquele macaco contava uma história... Bóra para outra, Leonor!

Estava mesmo calor e o António, quando chegara, propusera que jantássemos cá fora. Os homens trataram de pôr a mesa enquanto nós ultimávamos umas saladas. Leonor pusera velas em cima da mesa o que levara Manel a dizer – estás cada vez mais parecida com a tua avó, também terás vivido nos anos 60? - Porquê, avô? - Porque nessa altura as velas estavam presentes em tudo. Nada se fazia sem velas e a tua avó adorava estar numa sala só com luz de velas. Aliás se fores ao meu escritório, ao livreiro de parede, verás que na segunda prateleira a contar de cima há uma mancha redonda preta. Uma gracinha da tua avó logo no dia em que o armário chegou a nossa casa. E nesse tempo ele não estava no escritório mas sim na sala. Acendeu velas e achou que ali uma ficava muito bem. Esqueceu-se é que o fumo ia queimando a madeira, quando deu por isso já não havia nada a fazer. – Ó avô, mas a luz das velas é tão bonita! Enquanto eles falavam tu sorrias interiormente. O que teria acontecido ao Manel para estar a recordar? Aquela miúda trazia à superfície o melhor de cada um.

O jantar já tinha acabado e estávamos a gozar o fresco da noite quando o Manel se levantou e disse – vou ali buscar uma coisa para vos mostrar e saiu disparado já não ouvindo a pergunta da Leonor - o quê, avô?

Quando regressou, virou para nós uma grande fotografia e disse: - apresento-vos o meu jardineiro particular e, olhando na tua direcção continuou – é que também eu tenho as minhas recordações e guardo as minhas memórias.

Era uma fotografia minha, grávida da Marta, vestindo o macaco/jardineiras.



HFM - Lisboa, 3 de Junho de 2007

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domingo, setembro 02, 2007


Deixemos nas intermitências todo o vazio povoado de sonhos e incertezas, aí se acolhe a serenidade.

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