Diurnos
O mar e os toros de uma lareira prendem-me o olhar como um hiato de vida, uma respiração solta, o momento irrepetível congregando todos os segundos.
Ali me ausento. Ali me reúno. Ali conheço a magia do instante completo.
O marulhar da onda reciclando a areia traz-me promessas de fogo confinado a uma lareira que me prende em cada crepitação.
Ausências de água e fogo onde me complemento.
E o mar continua cadenciado a sua litania de um quase equinócio.
HFM - 13 de Setembro de 2007
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