sexta-feira, setembro 14, 2007

Diurnos


O mar e os toros de uma lareira prendem-me o olhar como um hiato de vida, uma respiração solta, o momento irrepetível congregando todos os segundos.

Ali me ausento. Ali me reúno. Ali conheço a magia do instante completo.

O marulhar da onda reciclando a areia traz-me promessas de fogo confinado a uma lareira que me prende em cada crepitação.

Ausências de água e fogo onde me complemento.

E o mar continua cadenciado a sua litania de um quase equinócio.


HFM - 13 de Setembro de 2007



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