domingo, julho 16, 2006


Não.

Não?

Não, já te disse!

Um hiato.

Não, nada. O vazio.

Vem. Há a sombra.

Não, nada. O vazio
A opressão
A brancura esmagadora do peso.
A ausência de respiração.
Uma mão opressiva sobre o peito.
A tensão explosiva.
Uma fuga que não anda.
A insanidade.

Vem, há alternativas.

Não. Seria ainda pior.
Como a loucura.
Um grito em viés.
Desafinado.
Corrosivo.

Vem. Há momentos de fuga.

Não. A fuga não tem alternativa.
O intolerável é saber que tudo sempre recomeça.


Ericeira, 15 de Julho de 2006



Etiquetas: