Não.
Não?
Não, já te disse!
Um hiato.
Não, nada. O vazio.
Vem. Há a sombra.
Não, nada. O vazio
A opressão
A brancura esmagadora do peso.
A ausência de respiração.
Uma mão opressiva sobre o peito.
A tensão explosiva.
Uma fuga que não anda.
A insanidade.
Vem, há alternativas.
Não. Seria ainda pior.
Como a loucura.
Um grito em viés.
Desafinado.
Corrosivo.
Vem. Há momentos de fuga.
Não. A fuga não tem alternativa.
O intolerável é saber que tudo sempre recomeça.
Ericeira, 15 de Julho de 2006
Etiquetas: Poemas HFM
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