quarta-feira, outubro 26, 2005

Nos poros das incertezas


Não te disse das horas
porque no amor não há tempo
só o instante ecoa
desmesuradas são as horas
como da gravidade a ausência
e o declínio do olhar
apascenta a vigília

renascerão na alba as palavras
e o tempo

por agora
devoramos o hoje nos poros das incertezas.


Ericeira, 22 de Outubro de 2005



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