sexta-feira, janeiro 26, 2007

Rodrigo Emílio


Este post é particularmente para o Martim


AGUARELA DO AUTÊNTICO PRESÉPIO

Na Noite de Natal, queria ir por aí fora,
Contigo, minha mãe...
No rasto daquela estrela, vamos, mãe, vamos embora...
Vamos os dois, sem aurora...

Pela noite fora,
— Vem!

Na Noite de Natal
(queria-A eu sem madrugada,
Para entrever, contigo, minha mãe,
Em toda a noite entrevada,
Só horizontes de além...),
não me deixes sem ninguém...

Demos mãos... e, de alma dada,
Vamos, mãe, sem alvorada...

No rasto daquela estrela dourada,

Com aquela estrela de oiro que bem sabe aonde vai...
Que, nos céus, amanheceu,
E que já nos guia a meu pai
Que já morreu
E ‘stá no CÉU,
— Pela Noite de Natal nós caminhemos,
De lés a lés,
E além
Da noite — crepe...

Pra que, depois,
(EU, entre vós dois, — PAI!
— MÃE!,)

Ajoelhemos,
Todos três,
Em PRESEPE!



Do livro Lágrimas ancoradas à sombra do amor (seu primeiro livro)



A formatação está errada mas não consegui manter a formatação original.

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