Nos trilhos de Monet
Manchei de bruma o mar da Mancha
e sentei-me junto aos albatrozes
era o começo da manhã
o silêncio acompanhava o sentimento
na aridez rude da falésia.
Não encontrei Monet
só os rochedos esperavam por mim
iguais eternos
naquele pórtico natural
onde se destaca o rochedo.
Abençoei a hora e o local
o mar e a falésia
e a certeza de que existem espaços
onde os humanos se vão apenas mostrar.
Ficaram sem voz os sonhos em Etretat
e eu recriei o espaço no pouco de mim.
Etretat, 29 de Agosto de 2002
Etiquetas: olhares, Poemas HFM
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