Do diário # 12
As palavras secam no uso e, tal como os gatos, recusam-se a obedecer. Fogem, negam-se para explodirem apenas quando lhes apetece nos dedos que entretanto se enrigeceram. São autónomas e só se desvendam aos que, tal as crianças, convivem com elas na imaginação das coisas simples.
As palavras querem-se resistentes e libertárias.
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