No huit-clos do fim da tarde
para o JRD
gelam as mãos na tecla e o mistério invade o fim da tarde
há como que um hiato ofuscando a luz salientando as sombras
breve vida paralela entre o espaço vivido e a irreal
consonância do momento.
um jeito descolorido de não ser
o voo rasante do adiado
a página muda que não se pode virar
o átimo fragmento do não dito
o caminho ao invés do projectado
uma linha que não sei se paralela se quebrada.
Lisboa, 2 de Janeiro de 2006
Etiquetas: Poemas HFM
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