Das ideias
são estranhas as ideias
ondeantes
esgueirando-se nos atalhos
colorindo as calçadas
encobrindo as cores primárias
numa sucessão sem nexo
desprotegida
são estranhas as ideias
irreais
madrugada adentro
numa fuga desmedida
pelo viés da memória
num inconfessável galope
de moribundo
são estranhas as ideias
golpeando as máscaras acumuladas
Ericeira, 26 de Outubro de 2005
Etiquetas: Poemas HFM
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