Diurnos # 8
Não, não sei de ti. Só o vento espalha a memória e cada madrugada embranquece o murmúrio. São longas as vistas na imensidão do oceano. São duras as perdas dos minutos não conseguidos. Permanece imutável a viagem do silêncio que alonga as minhas pernas numa indecifrável procura.
Não se colam os rasgões e ao puzzle faltam peças. Subsistem ainda os arquivos nos sótãos das lembranças mas sempre me disseram que o melhor era não tirar a patine. Abro a janela e o vento se encarregará de trazer ao de cima as marcas do palimpsesto.
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