O penedo do Cabo da Roca
ao fundo, o penedo, destacando-se da branca pasta da bruma
parece entrar pela casa e despentear o silêncio;
estática é a hora e a distância do tempo
e na confrangedora sucessão dos dias
só o penedo avoluma as palavras e a estética
do instante
como um navio fantasma solta-se, na insónia dos mortos,
e assume-se, enorme, baralhando a paz e a constância.
Ericeira, 10 de Setembro de 2005
Etiquetas: Poemas HFM
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