terça-feira, setembro 20, 2005

Do silêncio


Do silêncio nem a noite escorre
nem as palavras driblam os sentidos
só a mordaça acomoda o grito.

É a noite, tal a morte,
gémea do devir
para além dos gestos, das angústias
na esteira da onda
promessa adiada
que sempre se cumpre.

Insone vagueia o mar.

Ericeira, 17 de Setembro de 2005



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