quinta-feira, setembro 29, 2005

Das mãos


não te direi das mãos
vagueiam ocas por sobre as ondas
do teu corpo
ao arrepio das correntes
no aroma líquido das brisas
na sinuosa paz do crepúsculo
rasgando densidades
despontando dúvidas

mãos impróprias desbravando
matas e carreiros
esquecendo rotinas

mãos
apenas


Lisboa, Setembro de 2005



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