sexta-feira, janeiro 14, 2005

Exposições - Mário Cesariny e Noronha da Costa




Cesariny


Foi a primeira exposição que visitei esta semana. No Museu da Cidade, ao Campo Grande, até 13 de Fevereiro.

Esta exposição retrospectiva resulta da atribuição a Mário Cesariny de Vasconcelos (1923-) do Grande Prémio EDP 2002, uma iniciativa da Fundação EDP que pretende premiar o mérito de artistas plásticos, cujo trabalho, foi um contributo para afirmar e fundamentar as tendências estéticas contemporâneas portuguesas.

Reconhecido como poeta, como uma das vozes mais significativas do surrealismo português e como uma das personalidades e penas mais polémicas do Movimento, a sua obra plástica, que vai a par ou mesmo precede os momentos mais intensos da sua escrita, não tem sido consensualmente entendida, na sua originalidade e inovação, pela historiografia da arte portuguesa.

O objectivo desta exposição - que apresenta mais de duas centenas de desenhos, pinturas, colagens, objectos e assemblages da autoria de Cesariny, realizados entre a segunda metade dos anos 40 e a actualidade - é, precisamente, o de ultrapassar tal limitação interpretativa, reposicionando o artistas num lugar central no contexto da história cronológica e crítica da arte portuguesa (e mesmo internacional).


Conhecia pouco a obra do Mestre, apenas a sua escrita. Confesso que, apesar dos meus parcos conhecimentos plásticos e estéticos, prefiro de longe a sua obra literária do que a sua obra plástica demasiado conotada com o surrealismo que não aprecio grandemente. Mas gostei de ver esta retrospectiva - única forma que temos de avaliar a obra de um pintor.



Noronha da Costa


Ontem fui ver na SNBA a recentemente inaugarada exposição de Lúis Noronha da Costa - Piero Della Francesca após Lucio Fontana.

O tema da exposição de Luís Noronha da Costa projecta-nos para o campo da investigação que o artista tem desenvolvido ao longo do seu pervurso, nomeadamente no domínio do pensamento sobre a arte e sobre a pintura em particular, de facto, a pintura como conceito, como representação ou como objecto, e a questão complexa da imagem têm atrevessado as diferentes modalidades do seu trabalho e motivado a sua criatividade. Emília Nadal

Gostei muito desta pequena exposição de Noronha da Costa que continua mestre na sua técnica a que, falha de melhor nome, chamarei de esfumado. Há ali larga matéria para uma boa metalinguagem.

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