Não te largo papel
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Escusas de me dizer que é melhor para o ambiente. Eu sei.
Escusas de me dizer que já não se usa. Eu sei.
Escusas de me dizer outros tantos lugares comuns. Eu sei.
Eu sei tudo isso mas eu gosto de sentir a minha mão deslisar pela tua superfície e a caneta arranhar as tuas texturas. Eu gosto de te afagar quando leio e eu gosto ainda das pilhas que tenho armezanadas, dos montes de cadernos e folhas soltas dactilografadas e emendadas à mão ou, na sua maioria, das folhas manuscritas com letra de menina, de adolescente ou de mulher.
Eu gosto dessas presenças, sentinelas de vida e das horas nunca perdidas.
Não te largo papel. É uma jura!
HFM - Setembro 08
Etiquetas: Escritos
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