segunda-feira, janeiro 21, 2008


Os pés hesitavam na irregularidade das rochas. Agora subia. Descia, em seguida, inclinada sobre um lado. Um passo para baixo, outro para o lado, outro para cima. Hesitante. na dureza que os seus pés pisavam. Sempre com a baía como linha de rumo. Para ali, tinham-lhe dito, ficava o Chateau de Dinan. Descortinara a baía mas não o castelo. Continuou. Indecisa. Num passo para a direita descortinou, abaixo da falésia, uma estranha arquitectura quase feérica onde não faltava uma ponte levadiça. Fez-se luz no seu espírito, era aquilo o Chateau de Dinan. Impressionante estrutura rochosa onde se destacavam do azul céu/azul mar as ameias, as janelas em ogivas, as estranhas portas e salas abobadadas como se os séculos tivessem ali incrustado todos os estilos.

Arquitecto – mar, chuva, vento, sol e, como ajudantes, todos os outros elementos da natureza.


Presqu’ile de Crozon, Château de Dinan, Maio 2006




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