sexta-feira, abril 13, 2007

OLHARES FLORENTINOS


A entrada do prédio onde tinha o apartamento



Virei no ângulo da velha igreja que sempre encontrei fechada. Quando, dobrada a esquina, me encontrei na outra rua a montra sobressaiu. Nem sabia do que seria, sempre encontrara corridas as grossas protecções acinzentadas. Hoje havia cor e o movimento que esta sempre empresta aos quadros. Deparei-me com uma espécie de antiquário de gravuras e telas. Um bric-à-brac. Parecia até que uma rabanada de vento tinha não só levantado as pesadas persianas como tinha despenteado os quadros ali dispostos. Por detrás deles – o quadro – uns olhos verdes translúcidos e uma farta cabeleira branca. Um quadro ao vivo mimetizando a ambiência que, da rua, se captava.

HFM - Florença, 19 de Março de 2007



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