Fiesole
Não vos sei dizer da depuração franciscana que me invade. Bem cedo na manhã quando vinha à espera da vista sobre Florença que ficou aquém, deparei-me com o pequeno convento de S. Francisco antecedido por um cruzeiro e uma espécie de ágora com uma loggia, completamente despojada onde o peregrino encontrava abrigo.
A igreja, sóbria, tem poucas mas belas pinturas e um vitral encimando a porta que os meus olhos captaram na pureza da sua cor e forma.
O melhor estava guardado para os olhos que, antecedidos de estudo prévio, iam à procura do chiostrino (claustrinho) – não o procuro descrever, só a fé ou a arte podem produzir aquela minúscula depuração onde se ouve o silêncio. Onde, se dúvidas tivéssemos, sabemos que a interioridade é possível.
Há outro claustro maior, muito menos interessante, ao lado do qual há uma pequena escada que conduz às células dos monges – 4m2 no máximo!
Cá dentro há o silêncio dos hinos de paz.
Aqui poderá encontrar alguns traços e cores.
Fiesole, 17 de Março de 2007
Etiquetas: Escritos, Fora de portas
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