terça-feira, abril 24, 2007

Fiesole




Não vos sei dizer da depuração franciscana que me invade. Bem cedo na manhã quando vinha à espera da vista sobre Florença que ficou aquém, deparei-me com o pequeno convento de S. Francisco antecedido por um cruzeiro e uma espécie de ágora com uma loggia, completamente despojada onde o peregrino encontrava abrigo.

A igreja, sóbria, tem poucas mas belas pinturas e um vitral encimando a porta que os meus olhos captaram na pureza da sua cor e forma.

O melhor estava guardado para os olhos que, antecedidos de estudo prévio, iam à procura do chiostrino (claustrinho) – não o procuro descrever, só a fé ou a arte podem produzir aquela minúscula depuração onde se ouve o silêncio. Onde, se dúvidas tivéssemos, sabemos que a interioridade é possível.

Há outro claustro maior, muito menos interessante, ao lado do qual há uma pequena escada que conduz às células dos monges – 4m2 no máximo!

Cá dentro há o silêncio dos hinos de paz.


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Aqui poderá encontrar alguns traços e cores.


Fiesole, 17 de Março de 2007










Nossa Senhora de Margot Einstein filha do próprio! e que fica num pequeno nicho no claustrinho



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