Viagens na minha terra - Lisboa
Tenho cá tido um amigo austríaco e com ele tenho revisitado a minha cidade, alguns museus e espectáculos. Na 6ª f. andámos a pé pela Baixa, Chiado, Bairro Alto onde o levei a almoçar no Fogareiro. A casa, sala em particular, já não é o que foi; foram obrigados a largar o ar entre Taberna e Casa de Pasto e está, hoje, uma asséptica sala sem história. Felizmente o proprietário - o Sr. Manuel - continua o mesmo e a D. Maria continua bem instalada na cozinha fazendo umas batatas fritas às rodelas, não muito finas, como só a minha mãe fazia. Gosto muito de lá ir pelo sorriso e bom trato com que sou recebida e pela comida caseira e sempre fresca. O meu amigo adorou e pediu-me para desenhar a ementa - única - um dos papéis que cobre a mesa afixado no vidro da janela.
Dali seguimos Calçado do Combro abaixo não sem antes nos determos no elevador, no miradouro de Santa Catarina e depois virámos à direita para o Convento de Jesus. Tudo revolto e em obras - sina desta cidade. Como não nos foi possível visitá-lo seguimos à esquerda e descemos as escadinhas que conduzem às Cortes. O meu amigo fotografava exaustivamente casas, azulejos, águas-furtadas, a imponente árvore que está antes da agora exígua entrada do antigo liceu Passos Manuel e tantas outras coisas. No alto das escadinhas pediu-me para desenhar o que se via das Cortes; o escasso tempo e a dificuldade do assunto só deram isso (acabo de passar no scanner pois prometi arrancar as folhas e dar-lhas).
Depois seguimos à Praça das Flores, Príncipe Real e acabámos no Rato. Gosto destes passeios a pé por Lisboa, por estas ruas com história onde, a cada instante, descubro algo de sedutoramente novo e onde o barulho da cidade não cai abruptamente sobre nós. Na 6ª feira Lisboa oferecia-nos a sua magnífica luz que tanto impressiona os estrangeiros.
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