segunda-feira, dezembro 05, 2005

Dos pontos e da trama


Teço o ponto e oiço
o silêncio que o sol desperta
há uma calma com tempo
alisando a manhã
fantasiando-a de cores que enchem
a trama que teço, qual Ariadne,
sonhando que um dia,
alguém pegará nesta lã grosseira
e tornará o labirinto
num infinito com futuro

solta-se-me dos olhos a esperança
em ti, Teseu, prometido.


Ericeira, 19 de Setembro de 2005





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