Do olhar interior
do desencanto já nem sobram as sombras
só a linha contínua de um electrocardiograma
feridas sem destaque escondidas algures
limites sem contornos nem vedações
apenas, ampliando a secura, o grito
e o deserto perdido nas dunas
nem sopro, nem sombra
só um arfar que não sei se de raiva se de tédio.
2005
Etiquetas: Poemas HFM
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