domingo, agosto 19, 2007

Da madrugada


Quando a mão se recusa a escrever
prisioneiras tornam-se as palavras
rentes ao pensamento
acoitam-se em surdina
crescendo
como num exercício de cello
até que fatigada
a mão
tenha de obedecer


precárias
soltam-se na madrugada.


HFM - Lisboa, 12 de Agosto de 2007



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