Do diário
Na madrugada soltam-se as palavras na liberdade do silêncio. Não há travões. Nem censura. Livres percorrem o espaço sem limitações temporais. Devaneiam. Engrossam. Apagam-se. Criam-se.
Depois, extenuadas, aportam ao papel e, resignadas, esperam que a mão as altere na cíclica estreiteza do autor.
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