Deixem os meus olhos vaguear no insolito das descobertas, deterem-se naquele traço, pela imprecisao ou pormenor, acolherem-se nesses verdes nunca iguais onde repousa a paz, sentirem o peso dos séculos que cobre as cupulas de tantas igrejas e catedrais, alongarem-se no infinito da luz do farol protector, respirarem o ar das pequenas praças onde se liberta a imaginaçao de tantas historias e, finalmente, deixar repousar o cansaço nesta costa - ora serena ora abrupta - que se enreda no mar numa miriade de rochedos e ilhas.
Deixem os meus olhos vaguear. Nao os encham de pormenores, nao lhes destruam o encanto, nao lhes digam o que olhar. Eles vêm porque, irmanados à razao e ao sentimento, sao o melhor guia da minha viagem.
Olhos de viajante que, nenhuma força ou alguém, empacotara em olhos de turista.
Nota:De hoje a uma semana ja devo estar em Portugal :( e em breve retomarei a habitual actualizaçao deste blog. Até breve.
Etiquetas: Escritos
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