quarta-feira, maio 10, 2006

Da leitura dos dias


nem as nuvens encobrem o silêncio
nem o gesto se acalma nas fontes
sobe do deserto a miragem
e do poço esgota-se o conteúdo
a areia não se fixa – rodopia
como da instabilidade a dor
encurva-se no tempo o homem
nos sinais da sede que nenhum deus secou.


Lisboa, 7 de Maio de 2006



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