Da leitura dos dias
nem as nuvens encobrem o silêncio
nem o gesto se acalma nas fontes
sobe do deserto a miragem
e do poço esgota-se o conteúdo
a areia não se fixa – rodopia
como da instabilidade a dor
encurva-se no tempo o homem
nos sinais da sede que nenhum deus secou.
Lisboa, 7 de Maio de 2006
Etiquetas: Poemas HFM
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