Do Silêncio
Criar a palavra do silêncio
remetê-la ao nunca dito
ao desperdício
ao farrapo projectado
no infinito
despojá-la das torturas
das inquietações
incendiá-la de ausências
onde fervilham os traços
da gestação
da dor
depois
sem pressas
em surdina
encaminhá-la ao espelho
onde se ouve a respiração
do silêncio.
Lisboa, Abril de 2005
Etiquetas: Poemas HFM
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