quarta-feira, agosto 31, 2005

Da boneca


Estava ali parada, ao canto,
pobre boneca de trapos!
tinha perdido a corda
não a memória;
da solitária criança
ficaram-lhe as traquinices
e os afagos

gestos regados com a ternura
do tempo e da claridade.


Lisboa, Agosto de 2005



Etiquetas: