quinta-feira, março 03, 2005

Centenário do nascimento de Sartre-1905/1980




Sartre


Ontem no final da tarde estive na Gulbenkian numa comemoração sobre o Centenário do nascimento de Sartre.

Foi exibido o documentário Portraits Croisés – um deambular pelos dias, locais e quotidianos de Sartre e de Simone de Beauvoir apoiado por testemunhos destes a perguntas que lhe são feitas. O documentário é de Madelaine Gobel-Noëll da TV Canadiana, documentário que, a pedido de Sartre, esteve impedido até há bem pouco tempo de correr na Europa. Já o tinha visto na televisão.

Seguidamente falaram sobre Sartre a própria Madelaine e Annie Cohen Solal – sua biógrafa, Eduardo Prado Coelho e Eduardo Lourenço.

Gostei particularmente das intervenções de Annie Cohen Solal e Eduardo Lourenço embora me tenham sabido a pouco. De Eduardo Lourenço retive duas frases sobre Sartre – uma bússola ética e um mestre que sempre recusou a maîtrise (estou citando de cor).

Esperava um pouco mais mas de facto não sei se valerá a pena pois as pessoas rapidamente se cansam e começam a sair a meio das intervenções. Somos ainda muito “pobrezinhos”. Penso que há muita gente que vai a estas coisas mais para se mostrar e ser visto do que para ouvir, discutir e aprender.

Por mim lamento não poder ir amanhã ao Instituto Franco-Português onde continuam as comemorações com a passagem de dois filmes com as entrevistas, agora em separado, a Sartre e a Simone de Beauvoir.

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