quarta-feira, novembro 10, 2004

Na vida do sono


Acordei cansada. Não parara apesar do corpo ali ter estado toda a noite e, a olhar para os lençóis, nem me parece que a noite tenha sido agitada! Cansada. Percorri lugares, pessoas, sentimentos, uma colecção de imagens difusas como uma aguada sem patine ou, melhor, uma velatura dos mestres do Renascimento. Tudo difuso. Ausente. Pontas que não consigo ligar. Pontes que não sei se percorri, atravessei ou se apenas vislumbrei. Pessoas conhecidas em contextos contrários. Lugares misturados numa simbiose de loucura. Cansaço. Grande. Mas, agora, conscientemente, sei que não trocaria esta noite por nada.

Ficaram ligações. Imagens. Aberturas no cérebro por onde a imaginação pode deambular. Ficou um simbolismo – istmo cheio de promessas.

Noite surrealista e imensa!

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