segunda-feira, agosto 11, 2008

Do Grande Silêncio


dir-te-ei do silêncio
das íngremes escadas
da pedra húmida
por onde se soltam
os sons de um canto cavo
e a esperança de algures


dir-te-ei da paz
solitária
onde o silêncio é pleno
e a vida se escoa
num balancear lento
de antanho.


cá me reconheço
peregrina da dorida procura
sem um Deus
mas com sentido
interrogações e afectos


na pequenez do grande silêncio.


HFM - Lisboa, 12 de Abril de 2008



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