terça-feira, fevereiro 22, 2005

Olhando-me de fora



como passarinho vais debicando entretida
entre a vontade e o sentir dispersas energias
sem rumo, num aparente desnorte
confuso é o teu saltitar
forma rubra de um sentir negado
enquanto tresloucada desdobras a corda
sem nós, sem pontos, sem amarras
cordame por onde vagueias
entre a forca e Ariadne.

Lisboa, 28 de Dezembro de 2004

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