Da Madrugada
Na madrugada gélida
nem os coelhos saíram das tocas
nem o céu se azulou
o mar é um sopro infantil
e dos pássaros nada se ouve.
Apenas eu dialogo com a madrugada
na escuridão que só o silêncio presencia
não são habituais os gestos
- praticamente inexistentes –
não vá qualquer sopro desconexo
perturbar este infinito
e todas as vozes que em catarse
carrego dentro de mim.
Lisboa, 29 de Janeiro de 2005
Etiquetas: Poemas HFM
<< Home